quarta-feira, março 02, 2011

Passado, tão presente

Dentre os meus textos impublicáveis não há nada de obsceno, nada que não possa ser falado em voz alta, apenas feridas que, por vezes, eu prefiro não deixar à mostra.

De todas as vezes que eu chorei, apenas uma foi por amor (ah... o primeiro e dolorido amor). Todas as outras foram causadas por minha mãe, fosse fisicamente pelos espancamentos que sofria quando criança e adolescente, fosse por palavras usadas para ferir psicologicamente.

Ameaças e rejeição fazem parte do repertório. E hoje, mais uma vez, minha mãe conseguiu me fazer mal mesmo estando a mais de 300km de distância, com uma pirracinha ridícula e infantil.

Precisava falar sobre isso.

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17.12.2011
Revendo velhos posts, encontrei este não publicado desde março deste ano. Por alguma razão tinha julgado melhor não publicar um relato tão forte, mas como sempre mudo de ideia, estará visível agora, e posso ocultar novamente em outra ocasião.

Fazendo um balanço com o início do ano e meu momento atual, estou muito melhor agora. Quando escrevi esse post tinha sido expulsa de casa por razões completamente injustas, do meu ponto de vista. Estava morando com meu pai, enquanto minha mãe vivia aqui em Minas (onde estou agora). 

Depois de mudar de endereço quatro vezes em menos de doze meses, voltei a sonhar com mudanças. Mais uma vez enfrento as incompatibilidades com minha mãe, de quem não tenho mais esperanças que venha a aceitar minhas escolhas. Não tem como suprimir preconceitos tão arraigados.

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